quarta-feira, 20 de maio de 2009

Angels & Demons

Fomos, eu e Andrew, assistir à "Anjos e Demônios", no Iguatemi. Aqui vai um resenha que fiz, já que ninguém quis me ouvir quando minha adrenalina estava a mil ontem, quando cheguei do filme.



Simplesmente fantástico. Altamente recomendado. Dica: leiam o livro, mas não encarem o filme como uma adaptação, pois não é. O filme é bem diferente; personagens omitidos, alguns com nomes diferentes, partes da história mudada ou omitida,... Mas um núcleo inacreditavelmente bem feito.
Efeitos especiais impecáveis, trilha sonora fascinante, apesar de um roteiro um tanto quanto rápido. Quem ou não leu o livro ou não tem uma boa mente rápida para detalhes e reações, com certeza se perderá.
De início, acreditei que me decepcionaria extremamente com esta segunda adaptação de um livro de Dan Brown, dirigido por Ron Howard. Para vermos o quanto não devemos confiar tanto na opinião de terceiros.
Apesar de incontestavelmente ter fugido da história, o filme criou um mundo paralelo, outro desfecho para o aclamado "Anjos e Demônios" ('Angels and demons', no original estadunidense). E um desfecho inexpressivamente bom.
Começamos com a falta dos personagens Max Köhler e Cardeal Mortati. A inversão de personalidades de Olivetti e Rocher. A submissão e quietude de Vittoria Vetra e o camerlengo (na imagem, de branco) Carlo Ventresca, que no filme perdera o nome e passara a ser Patrick McKenna. Jamais gostarei de Robert Langdon ser interpretado por Tom Hanks e o assassino ser um nerd bonito, ou o cardeal Baggia, o preferiti, ter sobrevivido e se tornado papa.
Mas o filme lançado em 15 de Maio, indubitavelmente, conseguiu cobrir e anular qualquer crítica negativa. Voltei a acreditar e esperar. Ter fé em filmes. Nunca me senti tão ansiosa, tão dentro de um filme, com a adrenalina tão à flor da pele. Me tirou o fôlego, meu queixo caiu incontáveis vezes, mordi meus dedos de nervosa, sorri, ri e quase deixei uma lágrima cair.
Como um filme gera tantas e extremas emoções? Será possível?
Ao ir ao cinema, garantam prestar atenção e não julgar o filme e suas discordâncias com o livro, pois não vale a pena.
No início, logo conhecemos o grande LHC e o tubo com a antimatéria; suspensa, um quase emaranhado elíptico de energia azulada. Não estudamos o CERN, pois logo voamos de Genebra para Massachusetts, onde Langdon nada, às 6 da manhã, na piscina da faculdade de Harvard. Um homem da polícia do Vaticano o intercepta, levando-o de helicóptero ao menor país do mundo, em Roma. Conta-lhe que interceptaram uma bomba escondida, quatro cardeais foram raptados e enviaram-lhe uma figura: o ambigrama escrito Illuminati. Procuraram por Langdon por este ser professor de Simbologia em Harvard.
Nos deparamos com Olivetti que, ao contrário do personagem do livro, era muito compreensivo e gentil. Gostei muito deste. Tinha muita fé em Langdon. Morre durante a busca à terceira marca (são quarto marcas, mais a bomba – antimatéria). O capitão Rocher, da Guarda Suíça, também teve sua personalidade mudada, virando um rabugento e arrogante.
Temos as marcas a fogo no peito dos cardeais, incríveis, assim como a encenação de suas mortes. O primeiro (Terra) é enterrado e tem sua boca entupida de terra. O segundo (Ar) tem seus pulmões perfurados, em plena praça São Pedro, em uma cena dramática. O terceiro (Fogo) é pendurado por correntes e queimado vivo. O quarto (Água) é Baggia, o preferiti, que morre afogado no livro, mas tem um fim mais ilustre e interessante no filme: com a fuga do assassino (que não ocorre no livro), várias pessoas ajudam Langdon a salvar o pobre cardeal, que se torna papa. (As figuras linkadas nas palavras entre parênteses levam às esculturas de Bernini que marcavam os locais dos assassinatos - Los altares della scienzia.)
O assassino – hassassin? Não. Não é chamado de hassassin, nem ouvimos falar sobre Janus. O assassino é um rapaz bonito, meio nerd, com cara de americano (não árabe, como diz o livro) que não é tarado e tem fé. Me lembra o ator Chris Pine. Gostei desse assassino, mas o do livro me passou mais credibilidade e infalibilidade. Sua morte não se dá caindo da sacada do Castelo Sant’Angelo, não... Mas da cena que menos esperei ver: ao entrar num carro para buscar a última parte do pagamento, eis que girar a chave na ignição faz o carro explodir. Literalmente, dei um pulo da cadeira.
Robert Langdon me pareceu muito “sabe-tudo”, mas Tom Hanks consegue expressar o que o personagem está sentindo de forma tão nítida que merece aplausos.
Vittoria Vetra quase foi uma figurante. A atriz não era tão bela, nem tão sexy, nem tão jovem e nem usava as mesmas roupas que no livro. Mas gostei muito de seu desenvolvimento na trama, acusando, opinando,... E na cena que Langdon a pede para copiar o que ele lê do Diagramma e ela simplesmente arranca dele a folha, dizendo que “não há tempo”? Hilário! Senti meu coração dar um salto pela destruição da relíquia, mas ri muito!
Ainda falando de risadas, quando Vittoria está refletindo sobre somente deixar a bomba e evacuar a Praça... O camerlengo só diz “Não”, agarra o tubo e sai correndo. Foi tão do nada, quase involuntário, que tivemos de rir.
O camerlengo! Não podiam ter escolhido melhor ator para interpretá-lo do que Ewan McGregor. Lindo, com uma cara jovem e inocente, fez o papel com o sentimento necessário, sem parecer apelativo. Fantástico!
Logo após sua queda de pára-quedas, em que ele bateu diversas vezes, ficando inconsciente e caindo no meio do povo, houve a cena em que uma lágrima apareceu em meus olhos. Quando o ergueram e começaram a aclamá-lo, e todos tocando nele, como se fosse um santo... Foi lindo, foi um retorno para o que ele fizera, esperando ser o correto.
Chartrand, apesar de secundário, merece elogios. O ator é idêntico ao personagem que imaginei, e ficou incrível! Muito simples e natural.
Falando em natural, os efeitos foram... indescritíveis! Quem não sabe, nunca diria que eles não filmaram no Vaticano. A Igreja proibiu, então... aja cenário e efeitos! Ficou maravilhoso, como se fosse lá mesmo!E o mais incrível: a explosão da antimatéria.
O camerlengo foi sozinho. Subiu de helicóptero pelos ares do Vaticano orando. Pouco depois, viu-se um pára-quedas no céu e logo após... houve a explosão. Pequena, ficou maior. Tomou proporções gigantescas, atravessando as nuvens negras. Pura luz branca. Então, se retraiu e houve a explosão de energia. A energia, como um forte vendaval, derrubou a todos, explodiu a água da fonte da praça, atirou cadeiras e tirou redes de transmissões do ar. O camerlengo perdeu o controle do pára-quedas e bateu algumas vezes nos prédios, desmaiando. Quando a energia retraiu, houve a supernova. Como a explosão, a morte de uma estrela, há o início. O céu ficou claro, as nuvens manchadas com aquela característica névoa azul e laranja. Incrível. Não acho outra palavra melhor.
A última marca não era o diamante, e senti falta dele, mas o presente que Langdon recebeu foi algumas vezes mais útil: o Diagramma della Verità, de Galileu. Prometeu restituí-lo à Igreja na ocasião de sua morte.
Falando em morte, o camerlengo não morreu frente à toda a praça, mas sim dentro da Basílica. Da mesma forma agonizante e tipo como mártir. Não chegou a saber que o papa era seu pai e não revelou o motivo de ter feito tudo, além de querer restituir força à Igreja Católica.
A mídia comunicou que os três cardeais morreram no incêndio de Santa Maria Del Popolo (onde o cardeal marcado e queimado morreu). O camerlengo, para a mídia, morreu devido aos ferimentos da queda. Para ver como a Igreja consegue omitir fatos tão grandes...
Igrejas, esculturas, fontes, ritmo impecáveis. Muita gente não gosta que contem o final de filmes, mas espero que tenha conseguido fazer um número de pessoas correr ao cinema. Aproveitem, pois vale cada centavo, e eu admirei muito esta arte final.

Xx

Clara.

Que os anjos o guiem em sua busca sublime.
(Angels and Demons, pág.189)

quarta-feira, 13 de maio de 2009

I'm alive...

... and well fine.

Acho que, no fim, é isso o que importa. A gente tem mesmo é que dar atenção para a vida em si, e não ficar contando os minutos. Aproveitá-los, essa é a essência.
Faltam poucos dias para o show, e dia 19 sai o resultado da promoção que mais quero ganhar.

Sem grandes coisas para contar. Talvez.

Sonhem e corram atrás das realizações. Objetivar é o melhor.


xx
Clara.

No, no, no, nothing's wrong with dreaming.